Freire
e a educação
A pedagogia do oprimido é de
libertação: ela não pode ser elaborada e nem praticada pelos opressores. É uma
pedagogia humanista e libertadora, na qual somente os oprimidos libertando-se
podem libertar os opressores.
A educação bancaria é aquela
que torna do educando, um sujeito passivo, anulando o poder criador do
individuo e estimulando sua ingenuidade e não sua criticidade, o que satisfaz o
interesse dos opressores. Na visão bancaria, a educação é um ato de depositar,
transferir, transmitir valores e conhecimentos.
Já a educação dialógica é
problematizadora, acredita que a consciência critica é fundamental para a
libertação e portanto, a dialogicidade é fundamental. Ele acredita também que
não há dialogo se não há “um profundo amor ao mundo e aos homens”.
Essa educação requer que o
educando se assuma como sujeito do ato de estudar e tenha uma postura critica e
sistematica; o dialogo é essencial para que não se faça do educador para o
educando ou do educador sobre o educando, mas do educador com o educando. Dessa
forma o conteúdo programático deve ser de ambos, quando aprendem juntos. Para
isso o educador deve sair do papel de todo conhecimento e enxergar o educando
como um também portador de saberes. Assim a educação não é uma domesticação; o
educador é diretivo (pois o processo educativo sempre é diretivo) e libertador.
Freire defendia que “ O amor
implica a luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados
não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não
ama não compreende o próximo, não o respeita.”
Paulo freire sempre se
destacou por uma pedagogia libertadora, por uma educação política, mas em sua
obra “ Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa”, ele
definiu alguns princípios. Os gerais são:
1. Não
há docência sem discência;
2.
Ensinar não é transferir conhecimento
3.
Ensinar
é uma especificidade humana.
Mesmo que freire estivesse
sempre buscando a libertação dos oprimidos, e opressores, na perspectiva social,
sua pedagogia da autonomia pode ser
interpretada como libertadora de um modo
geral, particularmente em uma escola onde ainda predomina e educação bancária.
Algumas frases de Freire:
“Ninguém ignora tudo.
Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma
coisa. Por isso aprendemos sempre.”
“Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
“Não é no silêncio que os
homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”
“Eu sou um intelectual que
não tem medo de ser amoroso. Amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as
pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a justiça social se implante antes
da caridade.”
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